Assistindo O Nevoeiro, filme adaptado da obra de Stephen King, o mestre do terror, a última cena me trouxe uma reflexão.
Para quem não conhece o filme, a história se passa em uma cidadezinha que após uma tempestade, é coberta por um nevoeiro que esconde criaturas misteriosas e assassinas. Para se proteger, um grupo de moradores ficam alojados e isolados em um mercado, onde se desenrola uma série de dramas. Após dias isolados e sem perspectivas, um grupo decide pegar um carro e sair à procura de ajuda, enfrentando o desconhecido. Decidem dirigir até conseguir sair do nevoeiro ou até acabar o combustível.
O pior é que o combustível acaba e eles ficam parados no meio do nevoeiro e a mercê de criaturas perigosas e sanguinárias. No desespero da situação, tomam uma decisão em comum acordo, um dos personagens, David, que está com seu filho pequeno, pega um revolver e atira em um a um, para evitar que sejam presas das criaturas misteriosas do nevoeiro, no entanto só há quatro balas e estão em cinco. David, que foi responsável por dar o tiro que matou os demais personagens, inclusive seu filho, então desesperado, sai do carro e clama pela criatura, mas o inesperado acontece: surge um grupo de salvamento e pessoas resgatadas, bem como o nevoeiro começa a se dissipar. Então percebe o que acaba de acontecer: ele está a salvo, mas acabara de atirar em seu filho, que poderia também estar salvo.
O meu interesse aqui não é falar sobre o filme em si, mas sobre a minha reflexão sobre esta cena. Se eles tivessem esperado até que tudo de fato acabasse e não tomassem a decisão de tirarem a própria vida, estariam salvos. Mas decidiram acabar com tudo, antes da hora.
Quantas vezes a gente desiste antes mesmo que tudo de fato se acabe? nos entregamos no calor do desespero, na falta de perspectiva e tomamos decisões precipitadas e desnecessárias e só então percebemos que se tivéssemos esperado só mais um pouco, teríamos resolvido a situação.
Que sejamos capazes de reconhecer a hora certa de desistir!
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