Todos sabemos que no dia 8 de Março comemora -se o Dia Internacional da Mulher, porém, poucos sabem o que essa data de fato significa, ou restringe ao evento onde operárias de uma fábrica após reivindicação por melhores salários e condições de trabalho teriam sofrido represálias, ateando fogo na fábrica com as mulheres lá dentro.
Pois bem, a data representa muito mais que isso, representa a luta de séculos por igualdade de direitos, acesso à educação, direito de voto, emancipação. Pois até o século XIX, a realidade da mulher na sociedade brasileira era bem diferente da realidade atual. Por um longo período, à mulher cabia somente cumprir seu papel de mãe, esposa e dona de casa, além disso, era tutelada pelo homem, a quem devia submissão e do qual precisava de autorização para tudo, ou seja, a mulher era considerada incapaz e, portanto, não podia responder por ela mesma.
Diante desse quadro, surgiram movimentos de mulheres que decidiram não se calar e reivindicar direitos e igualdade e sua emancipação. Foi assim que surgiu o movimento feminista.
Hoje, graças as lutas dessas mulheres desbravadoras, temos alguns direitos e certa igualdade e somos pessoas emancipação, porém, ainda há muito o que se conquistar, espaços, seja ele no trabalho, na vida social e familiar.
E toda essa trajetória de submissão, do patriarcado, ao meu ver, deixou seu resquício e ainda é algo a se combater, como a violência doméstica ou outros tipos de violência ou abuso a que mulheres estão submetidas e a presença resistente do machismo, de maneira incisiva ou disfarçada.
O Empoderamento Feminino, que significa dar poder a alguém, tem como objetivo o ideal feminista na prática. A mulher ocupar seus espaços por direito, e fazer frente ao machismo enraizado.
Mulher Empoderada é aquela que é independente, que tem força e poder de chefiar a própria família, que trabalha e ocupa os cargos mais elevados nas grandes empresas, sim, porque ela pode. A mulher que corre atrás dos seus objetivos, que estuda, trabalha, é mãe, que desempenha diversos papéis na sociedade e na família.
Levando em conta a questão do Empoderamento Feminino, reunimos as usuárias do Centro de Referência da Assistência Social para ouvir delas o que conhecem sobre o termo e como se enxergam nesse quesito.
Após um excelente café da manhã, realizamos uma roda de conversa e refletimos sobre as principais questões:
Primeiro se conheciam o termo, o que grande maioria respondeu que não.
A seguir, fomos definindo o perfil: adolescente estudante, mulher que trabalha, mãe trabalhadora, mulher que cuida sozinha de seus filhos sem auxílio dos respectivos genitores, etc. Havia uma ou mais em cada uma dessas categorias.
Elencamos as principais conquistas: uso de contraceptivos, direito ao voto, acesso à educação, trabalho, divórcio, entre outros, onde uma ou mais teria usufruído dessas conquistas.
Perguntamos sobre se alguma já havia sofrido violência doméstica, sendo que um número considerável se manifestara positivamente, seja a violência física ou mesmo a psicológica.
Com relação às restrições por ser mulher, algumas comentaram o fato de não conseguir determinada vaga de trabalho ou sair sozinha sem ser importunado ou assediada.
Quando perguntadas, após breve conceito do que se trata o Empoderamento Feminino, se se consideravam empoderadas, houve poucas que se identificaram.
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