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Acesso à Educação na trajetória feminina

Hoje uma garota pode frequentar a escolha, escolher um curso e se dedicar a ele. Muitas mulheres trabalham o dia todo, à noite ainda vai para escola, cursinho ou faculdade. Essa rotina é absolutamente comum e normal.

Mas nem sempre foi assim. A luta para a mulher ter direito à Educação foi longa e intensa. 

Longo foi o processo para a permissão legal do acesso geral e irrestrito das brasileiras à educação escolar. Autorizada em 1827 pela Lei Geral do Ensino de 5 de outubro, mas restrita apenas às escolas femininas de primeiras letras, a educação das mulheres só conseguiu romper as últimas barreiras legais em 1971 com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que atribuiu equivalência entre os cursos secundários. A partir de então, o curso normal secundário, ramo intensamente frequentado pelas mulheres desde o final do século XIX, não mais foi discriminado por ser “apenas” um curso profissionaliz ante, mas passou a possibilitar, também, o acesso ao ensino superior. A partir de então, as inúmeras normalistas poderiam ingressar na academia. E foi o que fizeram. ( do Livro A Nova História da Mulher no Brasil)

O investimento na Educação é de suma importância no processo de Empoderamento Feminino. Ter acesso ao conhecimento permite à mulher ter melhores oportunidades no mercado de trabalho e renda e, consequentemente, mais independência. A independência alcançada através da renda, empodera a mulher, pois tendo como suprir seu próprio sustento e dos filhos, a mulher tem meios de fazer as próprias escolhas e de conseguir sair de relacionamentos abusivos e /ou violentos.

Além disso, possibilita ter um propósito e realização pessoal. O acesso à educação possibilita a escolha profissional e seu desenvolvimento. Escolher a própria atividade profissional e poder fazer o gosta amplia as possibilidades e os horizontes feminino. Estudar e ampliar os conhecimentos amplia as oportunidades. 

Há dez anos trabalhando como Assistente Social no CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) pude observar como a renda precária dificulta a vida da Mulher e seu poder de decisão e escolhas. Por outro lado, observei que a renda precária está estritamente ligada à falta de escolaridade dessas mulheres, que sem um propósito e sem oportunidades de ter um trabalho com um salário satisfatório, limita a mulher a vida doméstica e familiar e as impedem de colocar um ponto final em relacionamentos ruins e até violentos. Sem muitos conhecimentos e pouquíssimas oportunidades, grande parte dedica maior parte da sua vida a gestações múltiplas. O que as deixa ainda mais limitadas ou presas à situações ou relacionamentos insatisfatórios ou abusivos. 

Observei também que é comum homens com baixa escolaridade ter um emprego com salários razoáveis, no entanto, nunca encontrei mulheres que tenham um bom salario tendo baixa escolaridade. Para ter uma renda comparável aos homens, mulheres tem que ter um grau de escolaridade superior a dos homens. 

Diante de tudo o que foi dito aqui, posso afirmar, sem medo de errar, que investir em educação é fundamental para a mulher se Empoderar.

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